TROPHAEVM // EPICVM // Pro Victoria de Classe Turci- // ca ad fauces Hellisponti // parta // VENETIS IN URBE // ERECTVM. // ALEXANDRO VII. // PONTIFICE

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22 cm, [8] págs., enc. cartonada,

80.00

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Descrição

Trata-se, muito provavelmente, de uma obra exaltando a Terceira Batalha dos Dardanelos, inserida na Guerra, travada entre a Sereníssima República de Veneza e o Império Otomano, pela posse da ilha de Creta. A batalha, travada a 26 e 27 de Junho de 1556, saldou-se numa clara vitória de Veneza auxiliada pela Ordem dos Cavaleiros Hospitalários. Sobre o autor, português, transcrevemos o artigo de Pedro Calafate patente na página do Instituto Camões: “Membro da Companhia de Jesus e mais tarde franciscano (nasceu em Botão, perto de Coimbra em 1596 e faleceu em Pádua em 1681), estudou com os jesuítas em Coimbra e nos seus colégios de Lisboa, Alcalá e Madrid. Professou na província franciscana de Sto. António e ensinou no colégio de Sto. António da Pedreira em Coimbra.
Em 1648, estando então em Paris, no cerne das polémicas em torno do jansenismo, publica a obra intitulada Cortina Augustini, logo censurada por professar ideias de Jansénio, as quais mais tarde viria a abandonar. Passando a viver em Itália (1645) foi professor de Teologia Polémica no Colégio da Propaganda Fidei e de História Eclesiástica na Universidade Romana da Sapiência. Em 1654 é provido na cadeira de Filosofia Moral na Universidade de Pádua, que regeu até à sua morte.
Foi uma personalidade de saber enciclopédico, embora controverso. A sua vastíssima obra abarca variados domínios, desde a retórica e a poesia ao panegírico, à parenética, à teologia e à filosofia.
Sob este último âmbito disciplinar é de realçar a sua obra Collationes Doctrinae S. Thomae et Scoti cum differentis inter utrummque sententiarum (1680), a qual não foi ainda traduzida para português. Esta foi a sua principal obra de conteúdo filosófico, e como o título desde logo indica, é dedicada ao confronto entre as teses de S. Tomás, cujo pensamento conheceu com profundidade, e as de Duns Escoto, por cujo partido opta de forma clara e explícita, donde a sua adesão ao franciscanismo depois de ser membro da Companhia de Jesus, onde se professava o tomismo, como vimos a propósito dos conimbricenses.
Para além de Escoto, foi Santo Agostinho quem maior ascendente viria a exercer na sua configuração intelectual, tendo-se mesmo entregue ao projecto de retomar Santo Agostinho através de Escoto, convicto de que a doutrina do Doutor Súbtill, mais não era do que o retomar da tradição agostiniana: «Schola Scoti est prorsus Augustiniana, una, vel altera excepta sententiae» (Collationes II), tese que supõe manifesto exagero.
Da sua opção por Escoto é de destacar a defesa da tese da univocação dos seres («De conceptum, et formalem, et objectivium in ratione entis ad Deum, et Creaturam omnino univocum et praecise aequalemm, et prorsus similem»); a defesa da distinção formal entre natureza e pessoa; o entendimento do princípio de individualização como «ultima actualis rei», à luz do qual todas as coisas se individualizam «por intrínseca e própria singularidade, que é a última realidade do ser, distinta formalmente da essência específica» (Sousa Ribeiro), e finalmente a posição que assume no tocante ao problema da conciliação entre a ciência de Deus e a liberdade humana, onde analisa as posições de Banez e de Pedro da Fonseca, vindo a adoptar uma posição intermédia, defendendo que o concurso da causa divina sobre a causa segunda é antecedente, devido a uma prioridade de natureza, que é não apenas de dignidade e de perfeição, mas também de causalidade.
Bibliografia
A relação das suas obras é vastíssima, podendo encontrar-se uma lista completa em Ilídio Sousa Ribeiro, Frei Francisco de Santo Agostinho de Macedo, um filósofo escotista português e um paladino da Restauração, Coimbra, 1952, a qual constitui a melhor obra de análise do seu pensamento teológico e filosófico; veja-se igualmente Barbosa Machado, Biblioteca Lusitana (vol. 2), assim como João Batista de Castro, Biblioteca Viva; para uma situação da sua obra no panorama geral do escotismo veja-se Longpré, La Philosophie de Duns Scot, Paris, 1924”

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